quarta-feira, 31 de março de 2010

Firenze


Saimos à tarde para conhecer Firenze (Florença). Berço do Renascimento.


Antes de entrarmos na cidade a observamos da Praça Michelângelo na parte de cima da cidade, um belvedere cheio de turistas!!



Colocando uma moeda de um euro em uma luneta, pode-se ver a vista da cidade mais de perto. O Rio Arno, a Ponte Vecchio e o Campanille de Giotto.
Uma grande limusine branca estava parada mais abaixo. Era um casamento japonês, duas noivas e muitos convidados batiam fotos.Que e spetáculo maravilhoso. Vendedores ambulantes em toda parte. Compramos umas lembrancinhas....
Descemos na cidade e os encantos foram maiores. Quis ver de perto a Fonte de Netuno, a torre de Arnolfo e o Campanille. Decidimos prorrogar a entrega do carro para ficar mais em Firenze.


Um pouco de história: Florença, município italiano, capital da Toscana, 356.118 habitantes em uma área de 102 km. Foi considerada capital da moda. Berço do Renascimento e uma das mais belas do mundo. Terra de Lourenço de Medici e do fanático dominicano Savonarola. Cidade natal de Dante Alighieri . Na obra A Divina Comédia, obra mais importante do período medieval, Dante descreve a cidade de Florença em muitas passagens assim como alguns de seus contemporâneos florentinos célebres que também são personagens da obra. A partir dessa obra surgiu as bases para a formação da língua italiana moderna.
Suas ruas estão impregnadas de tom artístico e de história. Lá se encontram obras dos maiores nomes da arte mundial. Uma das obras mais impressionantes é o Davi de Michelangelo, esculpido em um único bloco de mármore.
O Rio Arno atravessa a cidade e dizem que no verão os trabalhadores tomam sol nas suas margens no horário do almoço.
Em cada canto um pedacinho de história. Prédios, estátuas. É demais, entendi o que é um museu a céu aberto!!! Palazzo Vecchio, galeira dos Oficios, Piazza della Signoria.. A torre d’Arnolfo , de 94 metros é o símbolo da cidade. Pessoas bem vestidas, casacos de pele, raposas no pescoço... Homens bem vestidos, cachorros bem cuidados guiados pela coleira por seus donos.
Piazza della Signoria é o centro político de Florença, aqui se encontra o Palazzo Vecchio, sede do governo florentino e réplicas de esculturas famosas.
São 15 museus, 10 galerias de arte, 6 basílicas e 4 palácios, inúmeras praças. Infelizmente não podemos conhecer o Giardino di Boboli, um dos lugares preferidos para caminhar.
Igreja Santa Maria Novella com obras de Giotto e afrescos de Masaccio.

Cortona

09-01-2010 – Cortona




Muro Etrusco ao redor da cidade



Cortona, comuna da região de Toscana, província de Arezzo, com cerca de 22.046 habitantes em uma área de 342 km2. Essa cidade é cercada por um muro da época dos etruscos. Deixamos o carro no parqueggio e subimos as vielas. Nos deparamos em meio a uma feira de frutas, frios, peixes e roupas. Estava muito frio.




Visitamos a Igreja de São Francisco de Assis. Construida por Fra Elia, Ministro da igreja de São Francisco. Terminou de ser construída por volta de 1254. Contém relíquias de São Francisco: a túnica de São Francisco, almofada fúnebre e o evangelho de São Francisco. No altar pode-se ver um relicário trazido de Constantinopla com um pedaço da cruz de Jesus. Nas paredes pinturas de artistas. Pinturas de Santa Marguerita, São Francisco, Anunciação, etc...

Orvieto



Eu e a filmadora!!

08-01-2010 – Orvieto

Orvieto faz parte da região da Umbria. Depois de estacionar subimos nos seus muros e apreciamos a vista para o vale. Vimos muitos pássaros negros. Merlo? Muitos loureiros. Entramos no Giardino Comunali de Orvieto. Os loureiros perfumavam nosso caminho. As oliveiras estavam por tudo.

Que emoção ao chegarmos ao centro de Orvieto, uma catedral listada no estilo gótico cresceu a nossa frente! Entramos. Nas paredes afrescos semi-destruidos. Colunas gigantescas.







A Duomo de Orvieto é gótica, esse estilo faz uso de ogivas o que eleva as catedrais a alturas que o estilo anterior, românico não alcançava. Ela mede 89 metros por 33 metros, sendo que o transepto tem 72 m. A fachada tem a altura de 53 m e possui 4 torres.

quarta-feira, 3 de março de 2010

ROMA


Roma 07/01/2010




Roma não estava no nosso roteiro, pois somente eu, o Pietro e os tios de Capinzal não a conheciam, mas o roteiro ficou flexível e optamos por Roma. De Assis a Roma foi uma viagem longa, mas guiados pelo GPS chegamos a um estacionamento nas bordas do centro. Parking Ludovisi. A pé, nos encantávamos com cada canto da cidade, obras de arte em arquitetura renascentista misturadas com ruínas da época imperial romana. Africanos, mulheres elegantes, lambretas, carros batidos, prédios antigos, sol, muito sol. Estamos felizes. Palmeiras, cíperos, pinheiros altos com cachopas, louros, pombinhas e corvos cinza.

Roma é um acervo vivo da história da nossa civilização. Estátuas em cada canto. Pelas, ruas guiados pelo GPS. Dobramos uma rua estreita e a nossa frente a Fontana di Trevi!!!

Que assombro! Estátuas em mármore branco resplandecendo sobre as águas da fonte!!! O deus Netuno representando as forças do mar, um monumento colossal encravado num espaço fechado, Roma é assim, o grandioso, o imprevisível... Conseguimos chegar perto, apesar de muitos turistas . Tiramos fotos e jogamos as tradicionais moedinhas na fonte. Jogando uma moeda, volta-se a Roma.

Segundo o guia, a fonte foi construída por Nicola Salvi em 1732. Trevi, pois há 3 caminhos. Ficou famosa depois do filme La Dolce vita de Marcello Mastroianni.

Lembrei muito do Sr. Alfieres, o alfaiate que morava em Vila Seca e que nas suas viagens (sua filha era comissária de bordo da Varig), deixava os folderes lá em casa para olharmos. Assim conheci o Coliseu, a Via Ápia e tantos outros pontos turísticos de Roma e obras de arte de Rafael, Michelângelo, Leonardo da Vinci etc.

Roma, a cidade eterna, cheia de monumentos, desde a Roma antiga, imperial, medieval, renascimento e barroco, um arquivo arqueológico e cultural da humanidade.

Durante o Renascimento renovou-se o interesse pelas coisas clássicas e o fórum foi inspiração para artistas e arquitetos.

Panteon- Igreja mais antiga de Roma onde estão os ossos de Rafael Sanzio. O Templo de todos os deuses foi transformado numa igreja católica. Na Piazza della Rotonda. Era o Templo de Agrippa, de 27 a.C, dedicado aos deuses romanos. É considerado a mais importante construção da arquitetura romana antiga. A abertura central de 9 m.

O Foro Romano- ruínas de um antigo centro comercial, político e religioso da Roma Imperial.


Construído em 900 anos. Ali conheci uma ONG que cuida dos gatos de rua. Eles recolhem os gatos, castram e alimentam.

Luciane com os gatos no Foro Romano

Os gatos são muito gordos em Roma, aliás, em toda a Itália.


Vaticano – De ônibus chegamos até o Vaticano. A colunata ao redor da praça é muito grandiosa, simboliza os braços da igreja católica. Entramos nas tumbas dos papas e na Igreja de São Piero. Filas de turistas para entrar nos lugares. Batemos fotos da guarda suíça.

Seren del Grappa

05- 01-2010 – Seren del Grappa









Neve acumulada


Seren del Grappa é uma comuna da região do Vêneto, província de Belluno com cerca de 2.609 habitantes em uma área de 62 km2 .


Igreja de Seren del Grappa



No dia em que conhecemos essa comuna estava muito frio. Passeamos pelas vielas, vimos o monumento aos mortos das duas grandes Guerras e depois fomos até o cemitério.
Scopel e Rech são famílias numerosas aqui. De cima do morro do cemitério vimos a paisagem com montes de gelo e as tujas. Dois graus negativos por volta de 9:15 da manhã.
Entramos na igreja mais abaixo, me emocionei ao ver a imagem de Santa Terezinha com as rosas e a cruz, padroeira da nossa cidade, Caxias do Sul. Ao lado da vela eletrônica uma oração:
“Accendendo uma Candela: O Signore, acceta mia vita Che si consuma come questo cero, giorno dopo giorno, Allá tua presenza...”.
Valeu cumprimos nossa missão de conhecer a terra dos antepassados do nono Rech. Continuamos viagem, voltamos por Bassano. Destino: Assisi .




Homenagem aos mortos na primeira guerra






Assisi

06/01/2010 – Assisi

“Agriturismo d’Olive” São Apollinare 3 Capo d’agua. O Agriturismo está no alto de uma colina em meio a uma plantação de oliveiras. Um casarão de 1.865 reformado, todo para nós, móveis antigos, lustres de Veneza, chão com mosaicos de mármore...
Cristina só aparece de manhã para servir o café e depois vai embora. Podemos utilizar a cozinha, que está toda equipada. Há várias salas, de jantar, de estar com TV, toda aquecida, claro, todos os locais onde andamos são aquecidos, no Brasil passamos frio, pois não temos o hábito de aquecimento nas casas! Mas não podíamos ficar curtindo o Agriturismo, temos os dias contados...

Ficamos com a chave do casarão e saímos para conhecer a terra de São Francisco.
Assis, terra de São Francisco. Aqui ele viveu com sua família rica e se despojou de tudo para viver na simplicidade e pobreza, seguindo o exemplo de Jesus.

Vielas, casarios medievais, muitos detalhes graciosos, vasos, enfeites de ferro. Muito artesanato nas lojinhas.


Subimos até o castelo Rocca Magiore, o Rubens o visitou há dois anos. Mas não entramos. Batemos fotos e descemos à cidade.


Visitamos a Igreja de Santa Clara. Quanta beleza. Na parte de baixo tem a Igreja de São Rufino, pagamos 3 euros para entrar nos porões, onde estão as ruínas de Igreja, soterrada pela construção de cima. Várias câmaras com imagens sacras, pedaços de construção, colunas, etc..
A seguir fomos procurar a Igreja de São Francisco. Fiquei encantada com os afrescos de Giotto e Fra Angelico. Expliquei para a D. Ivanira sobre os afrescos narrando a vida de São Francisco. Ela questionou tanta riqueza, não era isso o que S. Francisco pregava. Contei a ela que a Igreja foi construída depois de sua morte. A outra vez que o Rubens esteve aqui contou que se emocionou e chorou na tumba de São Francisco. Realmente foi muito emocionante. Velas podem ser ofertadas ou lampadinhas acesas com monetas.
Chegamos à parte de cima da cidade por um caminho que deu num estacionamento com elevador, passando por um túnel romano! Tinha toalete, graças a Deus!!! A vista de cima é muito bela, região da Umbria com suas oliveiras e pinheiros. Não imaginava que fosse uma cidade tão linda. Cheia de arte, de azulejos, pratos de cerâmica, muito artesanato
Pequenos porões com museus, casas de lanches, lojas e teatro. Comemos fatias de pizzas.
O presépio em frente a Igreja de São Francesco nos emocionou. Em tamanho natural, em homenagem ao falecido monge Louigi que montava o presépio todo o ano.
Voltamos ao Agriturismo. Banhos, acerto de contas e janta às 20 horas no restaurante indicado pelo Agriturismo. Apesar do GPS, nos perdemos feio e tivemos que ligar para que nos resgatassem até o restaurante. Um garçon serviu, 3 tipos de antepasto, primo piato, secondo piato, entorno e insalata. No final doce e café com graspa. Todos nós voltamos muito felizes, alegria do vinho e da graspa!

Um pouco de história
Assis é de origem romana. Francisco nasceu em 1182, filho de um comerciante de tecidos. Entrou para o serviço militar quando Assis entrou em guerra com a vizinha Perugia. Foi feito prisioneiro, adoeceu e entrou numa grande crise mística. Foi no oratório de São Damião que Francisco ouviu o chamado de Deus para “arrumar” a casa divina. Foi repudiado pelo pai e renunciou a tudo para se colocar ao serviço de Deus, vivendo na pobreza, mas na maior felicidade! Vestia o corpo com tecido rústico, atado com uma áspera corda, andava descalço ou com toscas sandálias. Entrava nas aldeias para pregar, exortava, fascinava imune a fadigas e fracassos. Reuniu seus fiéis na igreja de Porciúncula e ali recolheu a nobre Clara Offreduzzi a quem deu a condição de abadessa do ramo feminino da ordem franciscana, denominadas Clarissas. Os pontos fundamentais eram a pobreza suportada com alegria e a comunhão com todas as coisas criadas. No convento toscano de Verna S.Francisco recebeu os sagrados estigmas. Em 1210 a ordem dos franciscanos foi reconhecida pela Igreja. Ele morreu no dia 3 de outubro de 1226, às 7 horas da tarde entoando seu Cântico, na Porciúncula.
A Basílica de S. Francisco foi iniciada em 1228 e consagrada em 1253 e as obras do convento foram construídas no século XIII e XIV. É considerada gótica por ter sido construída naquela época. A Basílica é uma superposição de duas igrejas. A construção aproveita o desnível da colina sobre a qual se ergue o convento. A parte inferior não tem fachada, nela está a cripta com a sepultura do santo, uma urna de pedra cercada com barras de ferro. A Igreja inferior tem abóbadas de aresta, com pouco altura e pouco luminosidade, mas traz uma sensação de harmonia. A Igreja superior, ao contrário tem grandes janelas e abóbadas altas. As duas igrejas são cobertas de frescos de Cimabue, Giotto, Simone Martini, Pietro Lorenzetti e o Mestre de S.Francisco. Os frescos narram momentos da vida de Cristo e de S. Francisco e episódios do Apocalipse. É considerada obra-prima do gótico italiano e o protótipo das igrejas franciscanas, sem naves laterais, de forma mais adequada para a pregação.

Roma